Deputados do partido Novo e Tabata Amaral (PSB-SP) cobraram explicações do Itamaraty sobre a decisão de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), da qual o País fazia parte como observador desde 2021.

A bancada do Novo apresentou na segunda-feira (28) uma moção de repúdio e um requerimento solicitando explicações do Itamaraty. Os documentos são assinados por Marcel van Hattem (RS), Adriana Ventura (SP), Luiz Lima (RJ), Gilson Marques (SC) e Ricardo Salles (SP).

Eles pedem que o governo esclareça por que saiu da IHRA, se houve consulta prévia à comunidade judaica e se a decisão foi embasada em pareceres técnicos. Também cobram justificativas para a adesão do Brasil na semana passada à ação da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), que acusa o país de genocídio em Gaza.

Integrante da base do governo Lula, a deputada Tabata Amaral observa que a definição de antissemitismo adotada pelo IHRA “embora não possua valor jurídico vinculante, serve como referência para mais de 45 países e cerca de 2000 instituições” no enfrentamento a essa forma de discriminação.

Também o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, se manifestou publicamente contra a decisão do governo federal de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). Em sua página no X (antigo Twitter), Nunes classificou a saída como “vergonhosa” e alertou para o impacto negativo da medida na luta contra o antissemitismo.