30.07.25 | Mundo
Países europeus, árabes e muçulmanos assinam declaração na ONU propondo a rendição do Hamas
A União Europeia, países árabes e muçulmanos, incluindo Arábia Saudita, Catar, Egito, Jordânia e Turquia assinaram declaração em conferência na ONU nesta terça-feira (29) condenando o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 e pedindo ao grupo terrorista palestino Hamas que liberte todos os reféns que mantém em cativeiro, deponha as armas e renuncie ao poder em Gaza, como forma de acabar com o conflito com Israel.
Segundo noticiou o Times of Israel, o texto de sete páginas da declaração foi apoiado por 17 países, além dos 22 membros da Liga Árabe e de toda a União Europeia. A declaração também inclui a retomada de negociações para a solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino e o envio de forças estrangeiras para estabilizar Gaza após o fim do conflito.
A "Declaração de Nova York" estabelece um plano em fases para pôr fim à guerra em curso em Gaza e solucionar a questão territorial palestina. O plano culminaria com a criação de uma Palestina independente e desmilitarizada, convivendo pacificamente com Israel, e sua eventual integração à região do Oriente Médio.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou a declaração, alegando razões de segurança. Os Estados Unidos também se opuseram ao documento, classificando-o como "improdutivo e inoportuno".
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, criticou duramente os cerca de 125 países participantes da conferência, dizendo que "há aqueles no mundo que lutam contra terroristas e forças extremistas e há aqueles que fazem vista grossa para eles ou recorrem ao apaziguamento".