O Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina da Federação Israelita do Estado de São Paulo (ELF/FISESP) promoveu no último dia 6 de agosto o evento “50 e Mais – As muitas formas de viver a maturidade”.

O encontro, realizado na sede da Fisesp, reuniu três convidadas inspiradoras: Becky Korich, jornalista, advogada e escritora, autora do livro Caos e Amor; Mariana Gottfried, educadora, consultora e diretora do canal no YouTube Bekol e Natalie Klein, empresária, ativista e idealizadora do movimento PinForPeace, que participaram de um bate-papo sincero, acolhedor e bem-humorado sobre os desafios e encantos de ser mulher, judia e madura nos dias de hoje.

Com trajetórias diversas, as convidadas compartilharam experiências pessoais sobre temas como corpo, autoestima, trabalho, amor, família, saúde emocional e recomeços. Sem fórmulas prontas ou idealizações, elas falaram com autenticidade sobre como vivem essa fase da vida — ora com a leveza de quem já aprendeu a dizer “não” sem culpa, ora com a profundidade de quem reconhece as alegrias e as perdas que a maturidade traz.

Mariana destacou a importância de estar entre mulheres: “É um lugar seguro, de troca e acolhimento. Falamos sobre como viver esse momento com propósito e integridade, enfrentando os desafios de ser mulher e judia nessa etapa da vida”. Becky reforçou esse sentimento: “Na menopausa, a gente precisa se reinventar. Estar entre amigas é libertador. É com elas que faço da ‘melhor idade’ uma verdade”.

Já Natalie emocionou o público ao refletir sobre o sentimento de construção que a idade traz: “Pela primeira vez consigo olhar e ver que construí algo — não só uma carreira, mas uma vida com propósito, uma família, um movimento, uma reputação. Cada escolha feita ao longo dos anos ajudou a formar essa colcha de retalhos que hoje faz sentido pra mim”.

O encontro marcou a segunda vez que o trio se reuniu em um evento do ELF. A primeira, em maio, em homenagem ao Dia das Mães, já havia sido um sucesso de público e emoção. Agora, voltaram com ainda mais maturidade e vínculo com a plateia, reafirmando o valor de espaços onde as mulheres podem compartilhar suas vivências com liberdade e empatia.

Como bem disse a vice-presidente da Fisesp e idealizadora do Grupo ELF, Miriam Vasserman, “chegar aos 50 (ou mais) é um marco — sem manual ou fórmula. Tem dias em que nos sentimos sábias matriarcas e outros em que mal nos reconhecemos no Zoom com a luz errada. A maturidade vem com camadas: liberdade, dúvidas, reencontros e, às vezes, dores nas costas. Mas acima de tudo, ela vem com a certeza de que não precisamos mais agradar todo mundo. E isso, minhas amigas, é libertador”.