26.08.25 | Mundo
Austrália expulsa embaixador iraniano por promover ataques antissemitas no país
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, acusou o Irã na terça-feira (26) de estar por trás de dois ataques incendiários antissemitas em 2024 na Austrália e expulsou o embaixador iraniano, chamando as ações iranianas de "atos perigosos de agressão" destinados a minar a coesão social no país, segundo noticiou o Times of Israel.
Albanese anunciou que a Austrália também retirou seus diplomatas do Irã e vai declarar a Guarda Revolucionária Islâmica como uma organização terrorista. Esta é a primeira vez que a Austrália expulsa um embaixador desde a Segunda Guerra Mundial.
“Esses foram atos de agressão perigosos orquestrados por uma nação estrangeira em solo australiano. Foram tentativas de minar a coesão social e semear a discórdia em nossa comunidade. É totalmente inaceitável, e o governo australiano está tomando medidas firmes e decisivas em resposta", disse Albanese.
Albanese disse que diplomatas australianos em Teerã foram transferidos para um terceiro país em busca de segurança.
Alguns dias antes, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enviou uma carta a Albanese, criticando o país por não agir contra o antissemitismo na Austrália.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira em Canberra, Albanese disse que a Organização Australiana de Inteligência de Segurança (ASIO) "reuniu informações seguras o suficiente para chegar à conclusão profundamente perturbadora de que o governo iraniano foi o responsável por pelo menos dois dos ataques recentes à comunidade judaica da Austrália”.
O primeiro foi um ataque incendiário ao Lewis' Continental Kitchen, uma delicatessen kosher em Sydney, em 20 de outubro de 2024. O segundo foi um ataque incendiário à sinagoga Adass Israel em 6 de dezembro de 2024.
Albanese disse que a ASIO também avaliou que o Irã foi o responsável por outros ataques, mas não deu detalhes de quais.