A Câmara Municipal de Mogi Mirim aprovou Moção de Repúdio ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) pela “omissão injustificável e prolongada na análise da indicação do novo embaixador de Israel no Brasil”.

A moção, de autoria de Ademir Souza Floretti Junior, Wagner Ricardo Pereira e outros, foi aprovada por 15 votos - com apenas um voto contrário - em Sessão Ordinária realizada no dia 8 de setembro.

O documento afirma que “tal postura fere os princípios básicos das relações exteriores, compromete o respeito mútuo entre as nações e põe em risco as boas relações históricas entre Brasil e Israel, construídas ao longo de décadas com base no diálogo, cooperação técnica, cultural e econômica e a solidariedade entre os povos”. “A omissão do Itamaraty, além de causar constrangimento internacional, representa um desrespeito à soberania do Estado de Israel, que, conforme a prática diplomática reconhecida globalmente, possui o direito de indicar seus representantes nos países com os quais mantém relações diplomáticas”.

A moção destaca ainda que “o Brasil, como nação soberana, democrática e signatária de acordos internacionais, deve manter uma postura de neutralidade institucional, respeito diplomático e zelo pelas boas práticas internacionais”. “A atual atitude do Itamaraty, portanto, não reflete os princípios da boa diplomacia e pode gerar prejuízos políticos e comerciais ao nosso País”.

O governo israelense encaminhou em janeiro às autoridades brasileiras o nome do diplomata Gali Dagan para exercer as funções como representante diplomático no País, sem que obtivesse qualquer resposta por parte do Itamaraty.