30.09.25 | Mundo
Plano de paz "histórico" para Gaza tem o apoio de Israel e de países árabes e muçulmanos
Em coletiva de imprensa na segunda (29) na Casa Branca, o presidente americano, Donald Trump, expôs seu plano de paz “histórico” para Gaza, que prevê e libertação de todos os reféns – vivos e mortos – dentro de 72 horas e o desarmamento do Hamas.
"Agora é hora de o Hamas aceitar os termos do plano que apresentamos hoje", disse Trump ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Mediadores egípcios e catarianos apresentaram aos negociadores do Hamas a proposta americana ainda na noite de segunda-feira, segundo comentou um diplomata árabe ao Times of Israel. Autoridades americanas não deram detalhes sobre o prazo para o Hamas dar uma resposta, mas o diplomata especulou que levaria "vários dias, pelo menos".
Pouco depois da coletiva de imprensa, os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Paquistão, Turquia, Catar e Egito emitiram uma declaração conjunta elogiando os esforços de Trump e prometendo se envolver com os EUA para avançar na implementação do plano de paz de Gaza.
“Este é um grande dia, potencialmente um dos grandes dias da civilização”, declarou Trump no início de seu discurso. “Não estou falando apenas de Gaza. Estamos falando de muito além de Gaza. O acordo todo — tudo sendo resolvido. Isso se chama paz no Oriente Médio. Portanto, hoje é um dia histórico para a paz”.
Trump dá prazo de 4 dias ao Hamas; Países árabes comprometem-se a desmilitarizar Gaza
“O plano que apresentamos hoje está focado em acabar com a guerra imediatamente, resgatar todos os reféns e criar condições para uma segurança israelense duradoura e o sucesso (para a criação de um estado) palestino”, disse o presidente Donald Trump, ao dar ao Hamas um prazo de até quatro dias para responder à proposta de seu governo para Gaza.
Se o Hamas aderir, todos os 48 reféns restantes serão libertados em 72 horas, disse Trump. Em troca, Israel libertará 250 prisioneiros que cumprem penas de prisão perpétua; 1.700 moradores de Gaza detidos após 7 de outubro, incluindo todas as mulheres e crianças; e 15 corpos de moradores de Gaza mortos para cada corpo de um refém israelense libertado. Acredita-se que cerca de 20 dos 48 reféns estejam vivos.
“De acordo com o plano, os países árabes e muçulmanos se comprometeram — por escrito, em muitos casos... a desmilitarizar Gaza, a desativar as capacidades militares do Hamas e de todas as outras organizações terroristas imediatamente”, continuou ele.
Ele destacou o apoio que recebeu ao plano dos líderes dos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Jordânia, Egito, Turquia, Indonésia e Paquistão. "Estamos contando com os países que citei e outros para lidar com o Hamas."
Esses países supostamente fariam parte da Força Internacional de Estabilização (ISF) que o plano de Trump prevê que será imediatamente enviada a Gaza assim que o acordo for firmado. Essa força treinará e fornecerá apoio às forças policiais palestinas em Gaza, afirma o plano.
Trump afirmou que "todas as partes concordarão com o cronograma para a retirada das forças israelenses em fases", atendendo a uma exigência fundamental de Netanyahu de que as Forças de Defesa de Israel (IDF) não sejam obrigadas a se retirar imediatamente de Gaza. Ainda assim, ele enfatizou que os países árabes e muçulmanos devem ter espaço para fazer seu trabalho, o que exigirá a retirada israelense de Gaza.