Arquiteto e designer judeu, sobrevivente do Holocausto, ganha exposição em sua terra natal, Polônia - Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.
Foto: Divulgação

14.10.25 | Cultura

Arquiteto e designer judeu, sobrevivente do Holocausto, ganha exposição em sua terra natal, Polônia

Matéria de Michele Oliveira, na Folha de S.Paulo, traz a obra do arquiteto e designer judeu Jorge Zalszupin, que está na exposição "Warsaw - São Paulo - Warsaw", em cartaz até este domingo (19), em Varsóvia. Em um casarão dos anos 1920, a mostra reúne 34 peças do designer, além de desenhos e fotos de projetos, espalhados por oito salas. A organização é da Fundação Visteria, que promove internacionalmente o design e a arte da Polônia, com colaboração da brasileira Etel, fabricante dos móveis de Zalszupin.

Nascido em 1922 em uma família judia, Jerzy Zalszupin era adolescente quando deixou Varsóvia para fugir do Holocausto. Após estudar arquitetura na Romênia e trabalhar brevemente na França, chegou ao Brasil em 1949. Fincou raízes em São Paulo, onde virou Jorge, se naturalizou brasileiro, casou, teve duas filhas e criou dezenas de móveis e projetos de arquitetura. Zalszupin morreu na capital paulista em 2020, aos 98 anos.

Essa é a primeira mostra dedicada a ele no país, e o objetivo é apresentar tanto sua produção quanto parte de sua vida aos europeus. Dados biográficos, fotos de família e documentos, como seu pedido de naturalização ao governo brasileiro, também são exibidos. Ao redor dos seus móveis, textos explicam o cenário e os materiais que Zalszupin encontrou no Brasil. Sua autobiografia, "De * pra Lua" (ed. Olhares, 2014), acaba de ser publicada em polonês.

Se Zalszupin tinha o desejo de ser reconhecido em seu país natal, isso nunca ficou claro para quem o acompanhava. "Acho que ele nunca imaginou isso", diz Marina, a segunda filha. "Não acho que fosse um desejo dele, mas no íntimo imagino que fosse um sonho. Seria algo que o deixaria feliz, como completar um ciclo", diz Lissa Carmona, cocuradora da mostra e CEO da Etel, que manteve contato frequente com o designer durante sua colaboração com a marca, entre o fim dos anos 1990 até sua morte.


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