15.10.25 | Brasil
CONIB participa de evento na Câmara em homenagem às vítimas do 7 de outubro
A Câmara dos Deputados homenageou nesta quarta-feira (15) as vítimas dos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 em Israel. Aa iniciativa foi do Deputado Gilberto Abramo e os requerentes foram o Gilberto Abramo e a Bia Kicis. A diretora da CONIB Celia Parnes participou do evento. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=LZnDefHZUVY
A homenagem teve início com a apresentação de vídeo com depoimento de sobrevivente do 7 de outubro.
Gilberto Abramo (Republicanos-MG) abriu o evento afirmando: “Há momentos em que o mundo parece esquecer o que significa aspectos da vida. Vivemos tempos de avanços tecnológicos e de comunicação instantânea. A informação circula com rapidez, mas a sensibilidade diante da dor do outro se torna cada vez mais rara. E o resultado é uma sociedade que se move cada vez menos. O maior desafio de nossos tempos talvez seja o de encontrar aquilo que nos torna humanos. Quando essa capacidade se perde, abrimos espaço para a normalização da violência e da indiferença, o que é um risco real e, infelizmente, atual. O ataque brutal de 7 de outubro não foi apenas uma agressão armada contra Israel.
Bia Kicis (PL-DF), autora da iniciativa: "Foi um dos momentos mais sombrios da história dos judeus depois do Holocausto. Mas estamos esperançosos com a libertação dos últimos reféns vivos e com a possibilidade de uma paz na região". Criticou o governo brasileiro pela decisão de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) e pelo apoio velado ao Hamas.
Carlos Viana (PODEMOS-MG), presidente do Grupo de Amizade Brasil-Israel. “Israel tem muito a nos ensinar. Hoje esta casa fala não apenas de política externa, mas de humanidade. O povo brasileiro é irmão de Israel, o Brasil ama Israel. E quem ama a liberdade, ama Israel; quem ama a vida, ama Israel: Deus abençoe Israel, o povo judeu e o povo brasileiro!”.
Ilana Trombka , diretora Geral do Senado, citou a experiência da irmã, moradora de Israel, que, no dia 7 de outubro de 2023, acordou assustada com os ataques terroristas. “O Hamas não é só inimigo de Israel, é inimigo do povo palestino, a quem expõe e explora. A paz ainda não chegou: o Hamas não entregou as armas e nem todos os corpos dos reféns assassinados. Mas o povo judeu é resiliente. Sobreviveu ao Holocausto e sairá ainda mais forte”.
Celia Parnes: “Hoje estou aqui com o coração apertado, mas com renovado esperança. Porque finalmente os reféns vivos foram libertados. Essa conquista não apagada as feridas, mas nos lembra que a vida humana tem um valor inegociável. Nunca tive problema algum aqui, no País, por causa de minhas origens. Mas hoje estou preocupado: os crimes de antissemitismo cresceram no Brasil em mais de mil por cento. O Holocausto que extermina mais de 6 milhões de judeus não foi um fato isolado. Começou com caricaturas, insinuações, discursos ambíguos e deslegitimação de um povo e de sua fé”. Lembrou de outros conflitos enfrentados por Israel ao logo de sua história e de perseguições aos judeus nunca e destacado: “hoje os judeus são atacados no mundo não com armas, mas com narrativas. Terroristas não se importam que Gaza queime, mas desde que Israel sangre. O antissemitismo foi extinto. Retorna com a nova linguagem, mas com o mesmo sentido. O que hoje algo isolado amanhã pode se tornar sistêmico. é um sinal de que a sociedade está adoecendo”. Criticou a decisão do governo brasileiro de retirar o País da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), “o que fragiliza a luta contra o antissemitismo”. “A decisão expõe o país e um vácuo simbólico”.
Deputada Geovania de Sá (PSDB-SC): "Os ataques de 7 de outubro foram um dos momentos mais tristes já vistos na história, com ataques incluídos a homens, mulheres e crianças. Esse acordo traz esperança em dias melhores".
Rasha Athamni, Encarregado de Negócios da Embaixada de Israel, fez questão de falar em português: “O dia 7 de outubro foi o pior ataque contra o povo judeu. Naquele dia Israel sofreu uma tragédia que separou famílias e abalou a estrutura de segurança do país. Agora, 20 reféns retornaram a Israel, mas 28 chegam a voltar em caixões, depois de mais de dois anos em cativeiro em condições desumanas. O país seus filhos acolhem e faz um juramento de lembrar e honrar a memória das vítimas”.
Em seguida, houve apresentação do quinteto de sopro que executou “Jerusalém de Ouro”.
Também falaram os deputados Eros Biondini (PL-MG), Adriana Ventura, (NOVO-SP), Márcio Marinho (Republicanos-BA), Carla Dickson (União-RN); Marcel Van Hattem e apresentou os deputados Kim Kataguiri, Sóstenes Cavalcante, entre outros.