31.10.25 | Brasil

“Operação Nuremberg” em 4 estados desarticula grupo neonazista em atuação no Brasil

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) realizou uma grande operação nesta sexta-feira (31) contra um dos mais organizados e violentos grupos neonazistas em atividade no Brasil, segundo noticiou a imprensa. Batizada de 'Nuremberg', a ação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Sergipe.

Nesta quarta-feira (5), a Polícia Federal (PF) realizou a operação Nuremberg 2, que cumpriu mandado de busca e apreensão em Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, com o objetivo de coletar evidências relacionadas à autoria de crimes praticados em redes sociais, envolvendo a veiculação de símbolos associados ao nazismo, racismo e ameaças de ataques extremistas.

Segundo investigações coordenadas pela 40ª Promotoria de Justiça de Florianópolis, os suspeitos mantinham encontros presenciais, organizavam atos violentos, “batizavam” novos integrantes e contribuíam financeiramente com a organização, como uma espécie de “dízimo”.

Os suspeitos já vinham sendo investigados por promoverem discursos de ódio, antissemitismo, apologia ao nazismo e por planejar atos violentos em diferentes regiões do país.

Os mandados envolvem suspeitos nas capitais São Paulo, Curitiba e Aracaju, e também nas cidades de Campinas (SP), Taboão da Serra (SP), Osasco (SP), São José dos Pinhais (PR), Araucária (PR), Cocal do Sul (SC) e Jaraguá do Sul (SC).

Durante as investigações, o MPSC encontrou perfis falsos que divulgavam discurso antissemita e propaganda supremacista. O grupo estaria atuando de forma coordenada e organizada, o que contribui para a tipificação como organização criminosa. Reuniões presenciais eram realizadas regularmente para o recrutamento de novos membros, bem como para planejamento das ações.

Durante a operação, os investigadores apreenderam um retrato de Adolf Hitler, além de outros materiais de apologia ao nazismo. A organização criminosa seria financiada por meio de pagamentos mensais dos membros. Com o dinheiro, além das despesas internas, os neonazistas produziam também materiais de propaganda antissemita. Além do material de propaganda, a operação apreendeu facas e um soco-inglês.

De acordo com a lei brasileira, é crime "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”, A pena é de dois a cinco anos de prisão, além de multa.


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