01.07.22 |

Facebook e Instagram também cedem e excluem contas do rapper Wiley por postagens antissemitas

O Facebook decidiu remover as contas do rapper Wiley de sua plataforma e no Instagram devido a 'repetidas violações' das regras das empresas. 'Não há lugar para discursos de ódio no Facebook e no Instagram, e não queremos isso em nossas plataformas', afirmou o Facebook em comunicado. 'Depois de inicialmente termos colocado as páginas de Wiley suspensas por sete dias, agora decidimos remover suas contas do Facebook e do Instagram por violações repetidas de nossas políticas', acrescentou a nota. Wiley, que foi suspenso do Twitter por uma semana, continuou a postar mensagens antissemitas dirigidas à comunidade judaica no Facebook sob seu nome real de Richard Kylea Cowie. Após uma investigação do Comminity Security Trust, o astro do hip-hop foi identificado na semana passada como se estivesse em Roterdã. Em uma série de mensagens postadas nas últimas 48 horas, Wiley tentou dobrar a maioria dos comentários antissemitas que ele havia feito no Twitter no final da semana passada. Ele também mencionou o comediante judeu David Baddiel, a apresentadora de rádio da BBC Emma Barnett e o chefe da Universal Records David Joseph, sugerindo que eles respondessem seus comentários. Escrevendo no Facebook nesta terça-feira, Wiley afirmou que a casa de sua irmã havia sido visitada por 12 policiais. Em uma aparente referência à comunidade judaica, ele escreveu: 'Ouça Golders Green, vou ligar para minha irmã e vamos nos encontrar o mais rápido possível'. A mensagem - que parece ter sido excluída - provocou uma resposta irritada de alguns. Wiley também usou o Facebook para postar alegações de que 'certas pessoas' viam os negros como cidadãos inferiores em sua sociedade. Ele escreveu: 'Nós, negros, sempre estivemos abaixo deles sob suas óticas e foi isso que me atingiu. Por que certas pessoas de outras raças nos querem abaixo deles?'. Em outro post, acrescentou: 'É isso que eles temem que um dia os negros estejam no controle. Então eles continuam fazendo de tudo para garantir que isso não aconteça'. Em outros posts, Wiley escreveu: 'Golders Green, sim, até breve. Eu irei por conta própria e quem chamou a polícia? Você é de Golders Green? Vou sentar com você em Golders Green'. Os comentários pareciam sugerir que o rapper queria conversar com a comunidade judaica sobre suas mensagens antissemitas. Depois que David Baddiel apareceu na Times Radio para discutir seus tuítes antissemitas, Wiley escreveu: 'David Baddiel vem e fala comigo na minha cara. Vamos conversar!'. Ele enviou a mesma mensagem para Emma Barnett depois que ela comentou, em seu programa da BBC Radio 5 Live na segunda-feira, sobre o impacto do antissemitismo em sua própria vida. Ao dirigir-se ao presidente da Universal Records, David Joseph - que é judeu -, ele escreveu: 'David Joseph, chefe da universal, fique quieto porque seu povo, assim como você, vem e fica com Stormzy (rapper britânico) depois que o criamos. Nós fazemos o trabalho, e não vocês'. Wiley também citou supostos comentários racistas feitos pelo rabino sefardita Yitzhak Yosef em 2018 - quando ele mencionou uma passagem do Talmude para descrever os negros - como justificativa para seus discursos antissemitas. Ele escreveu no Facebook: 'Quero me sentar com o rabino que disse que os negros se parecem com macacos. Eu preciso fazer algumas perguntas a ele'. Em resposta às postagens de Wiley em sua plataforma, um porta-voz do Facebook disse: 'Não há lugar para discursos de ódio em nenhuma de nossas plataformas, incluindo ataques contra judeus. Excluímos conteúdo que viola nossas políticas dos perfis do Facebook e Instagram de Wiley e bloqueamos o acesso a eles por sete dias. Continuamos investigando a situação'.

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