01.07.22 |

JTA relata como a comunidade judaica do Rio está enfrentando a pandemia

O site Jewish Telegraphic Agency (JTA) publicou matéria sobre como a comunidade judaica brasileira, especialmente no Rio de Janeiro, está enfrentando a crise de coronavírus, enquanto o presidente Jair Bolsonaro testa positivo para o vírus. O site afirma que apesar de seu ardente apoio a Israel, a retórica de Bolsonaro sobre o coronavírus e as polêmicas medidas para lidar com a pandemia - incluindo as críticas ao isolamento adotado por governos estaduais, como o do Rio de Janeiro e outros, e as afirmações de que uma economia enfraquecida poderia matar mais que o vírus - já começa a causar preocupação mesmo entre seus mais apaixonados defensores judeus conservadores. Em junho, o país de 215 milhões de pessoas que abriga cerca de 120.000 judeus teve o segundo maior número de casos confirmados de coronavírus no mundo atrás dos Estados Unidos: quase 1,6 milhão de casos, incluindo cerca de 65.000 mortes. Em março, a federação judaica do Rio estabeleceu seu próprio comitê de crise para aconselhar os 30.000 judeus do estado. O Rio é a segunda maior cidade do Brasil e tem a segunda maior comunidade judaica, atrás de São Paulo. É o lar de alguns dos marcos mais famosos do país, como a estátua do Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, e possui algumas das instituições judaicas mais conhecidas do país, como o Grande Templo Israelita e a maior escola judaica do Brasil, com 1.400 estudantes, o Liessin. 'Apesar da diretriz governamental que permite a reabertura dos templos religiosos, dissemos a todas as sinagogas que esperem mais e nosso pedido foi atendido', disse o presidente da federação, Arnon Velmovitsky, à Agência Telegráfica Judaica. Ele reiterou esse sentimento em um comunicado divulgado nesta semana. A maior sinagoga do Rio, a Associação Religiosa Israelita com 1.000 famílias, tem recebido mais de 500 pessoas em seus cultos regulares, transmitidos ao vivo nas noites de sexta-feira, no Shabat. O serviço teve tanta audiência que o presidente do templo, fundado em 1942 por famílias judias alemãs, diz que manterá os serviços online após a pandemia. 'Nossos serviços religiosos online decorrem de uma decisão unânime do conselho e do rabino', disse Gilberto Lamm ao JTA. 'Eles estão aqui para ficar. Quando a crise de Covid-19 terminar, teremos online e no local'. As sinagogas ortodoxas da cidade estão realizando celebrações pré-Shabat e Havdalah, que são apresentadas antes e depois das horas em que o uso de eletricidade é proibido pela lei judaica. Templos de todas as correntes oferecem uma variedade de material ao vivo e pré-gravado, incluindo orações, palestras e aulas. Desde o início da pandemia, as comemorações do Dia da Independência de Israel, Lag b'Omer e Shavuot foram celebradas online, e transmissões pelo Zoom, Facebook e Instagram têm sido as plataformas favoritas das instituições judaicas. 'A receptividade às nossas transmissões ao vivo tem sido muito grande', disse Gabriel Aboutboul, rabino-chefe da Sinagoga Edmond Safra, um templo ortodoxo localizado a poucos quarteirões da icônica praia de Ipanema. 'Muitas pessoas não tiveram a chance de participar de um evento na sinagoga e agora podem. Estamos reunindo nossa comunidade'.

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